segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quantos membros uma igreja deve ter?

Um fenômeno típico do cristianismo contemporâneo é a construção de templos gigantes, capazes de receber dezenas de milhares de pessoas. Neles, tudo é grandioso: a estrutura de som e iluminação, o barulho dos presentes, a distância entre o público e o palestrante. São as igrejas de multidões, com seus pastores famosos, cantores e cantoras gospel de sucesso, que exercem fascínio em tanta gente. Denominações que funcionam dessa forma normalmente se organizam em células, esperando que assim o cuidado mútuo se torne viável.

Esse modelo de igreja é biblicamente insustentável. Não existe proximidade entre o pastor e seus “pastoreados” (é possível pastorear desconhecidos?), nem mesmo entre o pastor presidente e os líderes de pequenos grupos. Dentro de uma mesma célula as pessoas até se conhecem, mas não há como garantir coerência doutrinária ali e o risco de proliferação de heresias torna-se muito grande. Não é possível praticar a disciplina eclesiástica nem discipular corretamente os membros. Enfim, a tendência das megaigrejas é se tornarem superficiais, grandes em tamanho porém minúsculas em qualidade.

Para cumprir o seu papel, uma igreja não pode ter um número exagerado de membros. Quando ultrapassar determinado limite, deve construir um novo templo, abrir mais um ponto de pregação em outro bairro, a fim de que o seu propósito de fazer discípulos não se perca. Então, quantos membros uma igreja deve ter (digo, quantas pessoas congregando no mesmo local)? A Bíblia não define quantos, até porque nem existiam templos cristãos no primeiro século, e os cultos aconteciam nos lares. Mas a Palavra de Deus nos revela claramente como a igreja deve vivenciar sua fé: os irmãos se amam, exortam e encorajam mutuamente, os pastores se relacionam pessoalmente com suas ovelhas, etc. Cabe-nos perguntar, então, a partir de que ponto esse convívio começa a tornar-se inviável, comprometendo a saúde espiritual da igreja.

Particularmente, entendo que um pequeno grupo deve ter vinte membros. É a quantidade ideal de pessoas quando se quer manter a comunhão e o cuidado mútuo. O número de participantes não deve ser muito menor do que isso, para que as reuniões não fiquem vazias demais e até monótonas. Também não pode ser muito maior, caso contrário torna-se uma congregação. Classes de estudo bíblico podem ter turmas maiores, com até cinquenta irmãos adultos (as classes infantis têm que ser menores, por razões óbvias). Acima disso fica difícil se manter o formato de escola bíblica, na qual os alunos podem fazer perguntas ao professor.

Penso que a quantidade de membros batizados (ou confirmados, dependendo da denominação) não deve ser maior que trezentos, se a igreja realiza, aos domingos (dia de maior movimento), somente uma reunião de culto. Caso haja dois horários de cultos dominicais, o número de membros batizados pode chegar, no máximo, a seiscentos. Ultrapassado esse limite, a igreja deveria construir outro templo a fim de distribuir os irmãos em dois locais de reuniões distintos. É evidente que o Evangelho deve crescer – de maneira genuína, mediante conversões autênticas. Todo verdadeiro crente deseja que muitas almas se rendam aos pés de Cristo. Mas é nosso dever cuidar bem dos convertidos, o que implica em conhecê-los, ouvi-los, instruirmos cada um deles. E isso não se faz na multidão. É a minha opinião.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Evangelho: a única esperança para o Brasil

Depois de alguns meses de indefinições, o povo brasileiro finalmente tem um Presidente da República, alguém que não seja um “interino” ou “afastado”. Se Deus assim desejar, nosso país sairá de um período de completa estagnação e voltará a caminhar. Quem sabe, a inflação recuará, os índices de desemprego serão menores, a corrupção diminuirá. Porém, uma coisa é certa. O atual governo não fará do Brasil um lugar ideal para se viver. Nenhum grupo político é capaz de transformar significativamente esta nação.

Pessimismo? Não, de forma alguma. Podemos, sim, vir a experimentar um tempo de paz e prosperidade, mas isso não está nas mãos de políticos, nem mesmo da população. Viveremos dias mais felizes e tranquilos se o Senhor da história decidir transformar o coração dos brasileiros. O grande mal, causador de toda espécie de males, não está no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional ou nas Assembleias Legislativas dos Estados. Está no interior das pessoas, e chama-se pecado.

O pecado é o que leva os poderosos a desviarem para as suas contas bancárias o dinheiro que deveria ser aplicado nas escolas e hospitais públicos. É a motivação dos marginais que assaltam, agridem e matam sem remorso algum. A razão de tantos fazerem do tráfico de drogas as suas “profissões”. A causa de todo adultério, separação e divórcio. O porquê da brutalidade existente nos presídios. O motivo de toda forma de exclusão social. O causador de invejas, fofocas e competição desleal nas empresas. A origem de todo bulling nas escolas.

Por outro lado, a ação do Espírito Santo de Deus é capaz de levar políticos a rejeitarem o suborno e a propina. Pode fazer com que muitos renunciem à marginalidade e passem a buscar uma vida honesta e digna. Tem poder para transformar o traficante em cidadão de bem, e levar o usuário de drogas a abraçar um estilo de vida sóbrio. Produzir casamentos saudáveis, felizes, marcados pelo amor e fidelidade entre os cônjuges. Esvaziar as prisões e trazer dignidade aos ex-presidiários. Promover uma sociedade mais solidária, preocupada com as necessidades do próximo. Gerar paz nos ambientes de trabalho, respeito e amizades sinceras nas instituições de ensino.

Nós, que recebemos do Senhor a graça do novo nascimento, queremos um país melhor, mais justo, com mais oportunidades e muito menos violência? Dobremos, então, nossos joelhos, clamemos a Deus por misericórdia para esta nação! E anunciemos as Boas-novas, que começam na chamada ao arrependimento e à conversão. Apresentemos ao povo brasileiro a beleza de Cristo, o Salvador que pouquíssimos conhecem, o qual escolheu beber o mais amargo cálice, ser moído até à morte, para que nós tivéssemos vida. Denunciemos corajosamente as falsas igrejas e seus falsos evangelhos, a fim de que a verdade prevalesça. Cumpramos nossa obrigação de fazer discípulos, confiando que Deus tem um povo Seu entre os nossos concidadãos. Pois o Evangelho é a única esperança para o Brasil!