sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma religião chamada Socialismo

Existe uma religião chamada Socialismo, criada na Europa em meados do Século XIX. Experimentou um crescimento notável a partir de 1917, quando, de forma violenta, conquistou a Rússia; expandiu-se para o Oriente em 1949, em solo chinês, e para as Américas em 1959, alcançando a ilha de Cuba. Provocou estragos na África, valendo-se dos conflitos entre povos daquele continente. Parecia ter chegado ao fim com o colapso econômico e político dos países do leste europeu nas décadas de 1980 e 1990, mas eis que ressurge na América Latina, em pleno Século XXI, na Venezuela e Bolívia.

Os seguidores dessa religião são tão fervorosos quanto os de qualquer outra seita. Seu deus é Karl Marx, sua bíblia é o livro “O Capital”, e alguns dos “santos” e “profetas” mais famosos são Lenin, Trotski, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara. Os objetos de adoração do Socialismo são o ícone foice-martelo, a estrela vermelha e a bandeira vermelha. Seus métodos de crescimento são violentos e já ceifaram aproximadamente cem milhões de vidas ao longo de cem anos – média de um milhão de mortos por ano! Nada detém a teimosia dos fieis socialistas, nem mesmo as evidências históricas que demonstram a inviabilidade social e econômica das ideias marxistas.

Embora o Socialismo seja uma religião centrada nas realidades terrenas, firmemente contrária a todo conceito de transcendência, inimiga dos valores e princípios judaico-cristãos, encontrou apoio em segmentos do cristianismo. Há quem entenda que os conceitos de justiça social marxistas sejam compatíveis com o ensino bíblico a respeito da compaixão para com os mais necessitados (o pobre, o órfão, a viúva e o estrangeiro). Os socialistas cristãos acreditam que, se houver tolerância religiosa no Socialismo, as teses de Karl Marx poderão servir como o instrumento apto a implantar o Reino de Deus na terra.

Mas os cristãos adeptos do Socialismo, lamentavelmente, se esquecem da clara instrução do Senhor Jesus que diz: “ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mateus 6:24). O Senhor, naquela oportunidade, falava sobre o amor ao dinheiro, mas este princípio é válido para toda espécie de senhorio. O Socialismo exige devoção total, não admite corações divididos, e Cristo também requer exclusividade de quem O segue. Como compatibilizar o mandamento cristão do amor ao próximo com as prescrições marxistas de perseguição implacável e violenta contra os opositores? Como conciliar o ensino bíblico acerca da família com o repúdio dos socialistas ao casamento e à família tradicional? Como obedecer à ordem divina “não terás outros deuses diante de mim” e, ao mesmo tempo, praticar o culto ao Estado e aos chefes de Estado típico das nações socialistas?

Crentes em Jesus Cristo, ponderem no seguinte. Não é por meio de um projeto político e filosófico que os valores bíblicos de justiça e paz serão implantados na terra. O ser humano é mau, corrupto, caído em pecado, especialmente se ainda não viveu uma experiência de novo nascimento pelo poder do Espírito Santo. Todo sistema totalitário – e marxismo pressupõe totalitarismo – termina por gerar um pequeno grupo de privilegiados, os detentores do poder, e uma multidão de oprimidos sem vez e sem voz. Nossa esperança está no Senhor, que um dia voltará em glória, porá fim a toda maldade e fará novos céus e nova terra, onde o pecado não mais existirá. Por isso, não caiam na tentação de se unirem a grupos de esquerda com discursos em favor dos pobres e necessitados. Sigam pregando o Evangelho a toda criatura, vivam o amor prático, sejam humildes, compadeçam-se dos que sofrem, pois esse é o nosso papel. Não se unam a essa religião chamada Socialismo, não sejam idólatras! Pensem nisso!

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